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Contexto
de criação

O Banco Nacional de Dados Genéticos foi criado graças à luta​ das Abuelas de Plaza de Mayo, que surgiram a partir das mães que procuravam seus filhos desaparecidos.

Um dia, uma delas se questionou sobre o paradeiro também do neto pequeno e perguntou quem mais buscava crianças sequestradas ou bebês recém-nascidos. Doze mulheres se apresentaram e criaram, então, as Abuelas. 

 

Diante de tantas respostas negativas das autoridades sobre o paradeiro de seus filhos e netos, essas mulheres resolveram recorrer à ciência para desenvolver outra maneira de buscá-los.

O INÍCIO DE TUDO

O INÍCIO DE TUDO

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A CIÊNCIA RESPONDE 'SIM'

A CIÊNCIA RESPONDE 'SIM'

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As viagens das Abuelas renderam frutos nos Estados Unidos, onde se encontraram com o geneticista argentino Victor Penchaszadeh, que estava exilado em Nova York. O cientista as colocou em contato com a Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), que ajudou a formar um grupo que se comprometeu a buscar respostas à demanda das avós. 

Eles, então, conseguiram desenvolver o índice de abuelidad, por meio do qual seria possível confirmar vínculos biológicos entre crianças e avós sem a presença da geração intermediária. A partir daí, a criação do Banco era questão de tempo.

O Banco Nacional de Dados Genéticos (BNDG) foi criado em 13 de maio de 1987 pela lei nº 23.511. Exatamente 3 anos e 7 meses depois do fim da ditadura, o Congresso argentino determinava a regulamentação do órgão que viria a se tornar o grande trunfo da busca pelos netos das Abuelas de Plaza de Mayo. 

 

Personagens históricos explicam como a perda de poder dos militares, a pressão social, a transição democrática, a ciência e, é claro, as Abuelas garantiram a criação do BNDG imediatamente retomada a democracia.

UM MILAGRE EXPLICADO

UM MILAGRE EXPLICADO

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OS RESULTADOS

OS RESULTADOS

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O BNDG significa para muitos a possibilidade de encontrar-se não apenas com sua família biológica, de que foram separados quando criança, mas principalmente com a sua verdade, identidade e origem.

O órgão teve sua legitimidade por vezes questionada, mas segue como referência no processo de memória, verdade e justiça da Argentina. 

Quatro netos restituídos pelas Abuelas comentam impressões, processos e  significados que a análise genética realizada pelo Banco trouxe às suas vidas.

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